segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Fotolivro - Pés feridos - Daniela Santos

Prefácio

Esse ensaio fotográfico surgiu inicialmente de uma conversa com Luiza, minha mãe. Eu tinha 14 anos voltava de uma aula de balé e reclamava que e meus pés estavam machucados e minhas pernas doíam. Então, minha mãe perplexa por minhas constantes reclamações perguntou “Pago  para você sofrer?” Embora, na época tenha dito que aquilo era natural no balé, hoje, me questiono até onde pagamos para sofrer? Sofrer para fazer depilação, sofrer por amar um esporte, sofrer para manter uma dieta... sofrer por sofrer?Até onde é natural? Até onde é sano ou/e insano?Até onde a dor vale o prazer  ou o prazer vale a dor?

Em conjunto com essas perguntas fui motivada a recriar ficcionalmente o universo do balé: a sala, o material, as posições, posturas e, por fim, a dor/prazer.      



Pés feridos


Os pés feridos, mais uma vez.
Balé é repetição.
Você observa perplexo:
“Pago para você sofrer”?




Os pés feridos, mais uma vez.







Balé é repetição





Você observa perplexo:


"Pago para você sofrer?"